Leitura e Produção Textual

 Oficina de Leitura e Produção Textual
Professora: Mara Aparecida Siqueira






Objetivos da Oficina de Leitura e Produção Textual


A Oficina de Leitura e Produção Textual tem por finalidade estimular àqueles alunos que têm habilidade em leitura e escrita e, desse modo, ampliar a competência deles nessa área. De acordo com Renzulli, a Concepção de Superdotação, relativa aos Três Anéis, envolve a intersecção de três fatores: 1. capacidade acima da média (habilidade geral e habilidade específica); 2. comprometimento com a tarefa; e,  3. criatividade. Na oficina, são produzidos textos literários originais (criatividade); dá-se o desenvolvimento, por meio de exercícios, da escrita; e, do aluno, espera-se envolvimento e persistência com seus projetos.
O NAAH/S tem como especificidade em seu atendimento o fato de considerar em alto grau os interesses de seus alunos e, a partir desses interesses, elaborar propostas de enriquecimento curricular. 







Confira alguns textos produzidos por nossos alunos:



            LIVROS E PALAVRAS  
                                     Lara Klöppel Abreu                             
        29-10-2014
        Dia do Livro

   Pois é... assim que eu escrevo, se alguém se interessar. Eu começo sem saber como. A primeira linha do texto nunca condiz com o resto. Porque escrevo conforme me vem...conforme sinto, então não dá pra saber nunca como um texto vai acabar.
 Putz, agora acabou o assunto. Vamos lá... talvez com um tema seja mais fácil prosseguir com essas doidas conversas com as palavras.
BOA! Palavras... Eu ainda estou aprendendo a usá-las, sou iniciante nessa coisa toda. Acho que sem o NAAH/S, nunca realmente as usaria...
Palavras são ardilosas. Fale uma errada, e pronto, aquele cara agora te odeia (Falo por experiência própria. Já me meti em enrascadas grandes com isso) Mas palavras também são maravilhosas. Você forma mundos, países, casas e pessoas, de papel e tinta. Elas mudam tudo que tocam.
Escritas, Lidas, Manuscritas. As palavras deixam o mundo mais fácil, mais palpável. Mesmo assim elas te deixam na lua.
Para mim, elas, fraseadas, paragrafadas, ou sozinhas mesmo, são a minha ponte. Essa ponte é a mais complexa, firme, resistente e sólida que existe. Ela durará um milhão de anos, até que fiquem ilegíveis sobre o papel alvo sobre o qual foram impressas.
E eu as amo, as tenho em consideração máxima, que se colocada na Richter explodiria o pobre medidor.
Sem elas eu seria mais ignorante que uma tábua, pois tudo o que sei vem dos livros.
Livros... eles fazem você viajar nos espaços vazios dos parágrafos. Livros te permitem voar...Te capacitam a te apaixonar, a não ver defeitos.
Te fazem repensar tudo.
Como eu disse, lááááá no comecinho, olha o que deu essa obra de escrita. Eu nem imaginava que ia acabar assim...



Poema Coletivo
Karoline Abreu e Patrick Rodrigues

O homem gordo adora secar pimentas ao sol
O homem feio que atua tem raiva do olhar do público
O magro homem rebola para fazer seu primeiro quadro
Juntos construíram um restaurante para famílias ricas
Mas, em uma das apresentações dos pratos,
[o artista engasgou-se com o acarajé.

Produzido em 04 de agosto de 2011

_________________________________________________________________

Balas e Rabanetes
Alberto Prestes Pereira




Havia, há muito tempo atrás, um perverso confeiteiro.
Mas ele já fora um bom homem. Fazia bolos enormes e deliciosos, e seus doces eram os mais solicitados. Mas, naquela cidadezinha, a tecnologia e a informação já se tornavam forte presença. Dentistas revelavam os horrores do abuso do açúcar e do exagero de tão deliciosas guloseimas.
Não satisfeito com a brutal baixa de clientes, pensando apenas em destruir-lhes suas dentições e saúde, o confeiteiro Bob Smith declarou guerra. Vendeu tudo que tinha, e começou a investir no ramo de vegetais hidropônicos.
Com a nova onda de comida saudável e vegetarianismo, enriqueceu rapidamente. Criou seu império de alimentos ultra saudáveis. Fazia palestras e desenvolvia projetos de melhoria alimentar. Sua imagem pública era a do messias dos vegetais, recuperando pessoas de problemas alimentares, tornando-as exemplares perfeitos de saúde e jovialidade.
Mas, secretamente, ele voltara ao seu negócio de doces. Não doces comuns e inocentes, mas terríveis artifícios de vingança na forma de doces.
Pirulitos eram impregnados com terríveis venenos e bolinhos eram banhados em letais toxinas. Balas em forma de aro feitas de legumes, sem açúcares e saudáveis, aparentavam ser ótimas guloseimas, mas na realidade eram feitas de metal; travavam na garganta de suas vítimas, sufocando-as até a morte.
Inicialmente, não foi possível associar as mortes com os aparentemente inofensivos doces. Para complementar, seu carisma era tão grande que seus funcionários seguiam suas ordens sem questionar, como um horroroso culto de destruição.
Quando seu terrível estratagema fora encontrado, hordas enfurecidas correram em direção à sua mansão, empunhando tochas e rabanetes.
Quando finalmente chegaram ao hall, encontraram o Mr. Bob Smith sentado na sua poltrona, inerte e frio, com um pacote de jujubas na mão. Sua doce vingança estava completa.

Publicado em 11 de abril de 2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Página em Atualização

Esta página está sendo atualizada. Por favor, aguarde.